Clarice - O Inicio da Maldição

 Bom Dia/ Boa Tarde/Boa Noite! Não importa a hora que você está lendo, o importante é que você leia❤ Olha eu aqui de novo😁Demorei um pouquinho para trazer a segunda parte da história de Clarice mas espero que vocês gostem e que seja uma leitura agradável! Se você esta vindo pelo link que eu compartilhei mas ainda não leu a primeira parte da história leia o post intitulado Clarice antes para esta leitura fazer sentido ok?! Boa Leitura 😌😍😎

Naquela manhã de sábado, Clarice e Monique dormiram praticamente a manhã toda, por causa do medicamento dado no hospital. O pai de Monique, senhor Júlio, já estava a par de tudo o que tinha acontecido, as amigas Pamela e Juliana também e para prestar apoio a amiga iriam até a casa de Clarice mais tarde passar o dia com ela.

Depois desse episódio de sexta por algum tempo ficaram bem as coisas, a queimadura do braço de Clarice estava quase curada, ela seguia trabalhando e estudando, vendo as amigas sempre que possível e passando um tempo com a família e amigos. Depois de alguns dias do ocorrido os fatos sobrenaturais começaram a acontecer...Numa manhã de sábado, Clarice estava sozinha em casa terminando um trabalho da faculdade, seus pais e seu irmão mais novo, tinham saído para resolver algumas coisas, de lá iriam encontrar com a Clarice e almoçar fora, depois disso o plano era ir ao cinema em família e passar um tempo de lazer juntos. Clarice estava em seu quarto quando viu pela janela uma mão apoiada, quando ela viu essa mão uma onda de calor e arrepios inundou todo o seu corpo, nesse momento a mão sumiu de sua visão, desaparecendo da janela, ela estava fechada no momento em que isso ocorreu pois estava ventando muito forte naquele dia e onde a mão estava pousada ficara a marca da mão acompanhada de um liquido verde, gosmento e com algumas larvas, galhos e folhas grudadas nele.

Clarice se cobriu com o seu cobertor e procurou o seu celular, mandou uma mensagem para o seu pai e em 10 minutos ele chegou na casa, sua filha estava ainda debaixo da coberta, chorando muito e levou um susto quando Afonso abriu a porta do seu quarto, deu um grito, e ao perceber que era seu pai, colérica, como uma criança de 5 anos ela foi em direção ao seu pai, o agarrou, dando um abraço desesperado em Afonso e aos prantos contou o que tinha presenciado ali em seu quarto. Afonso, um homem ligado a ciência e a fatos acreditava que sua filha poderia estar com estresse pós traumático por conta daquele dia na rua com a velhinha, ele então acalentou a filha e depois que ficou mais calma a deixou na cama com a sua mãe e foi até a janela examinar a mancha  que tinha ficado antes que sua esposa limpasse tudo, ele tirou uma foto com o seu celular para usar como prova e perguntou a Clarice se ela tinha conseguido identificar de quem era mão, se era mão de homem, ou de mulher mas ela disse que não se lembrava de mais detalhes. Ele fazia essas perguntas a filha  pois ele pretendia acionar a policia. Afonso não acreditava ainda em fatos sobrenaturais, ou na possibilidade de existir um mundo espiritual/sobrenatural, sinceramente, se essa marca na janela não existisse ele cogitaria seriamente a possibilidade de sua filha estar vendo coisas que só existem na cabeça dela, mas como viu com seus próprios olhos a bendita da marca, ele começava a acreditar em algo de errado com Clarice, pelo menos agora com aquela foto, poderia recorrer as leis e aos órgãos competentes para solucionar aquele mistério, em sua cabeça pensava que alguém pudesse estar perseguindo sua filha, claro com o intuito de fazer mal a ela.

- Meu amor, você não precisa de superar isso sozinha, vou ligar para o Ricardo, vou marcar umas seções de terapia com ele pra você, vamos também até a delegacia mostrar essa foto ao policial e ver no que mais ele pode ajudar além do B.O que já temos ok ?!.

-Tudo bem pai! Eu juro que eu não tô louca, eu vi aquela mão medonha. Disse Clarice com as mãos no rosto, banhado em lágrimas.

-Filha fique tranquila meu amor! O papai esta aqui com você, todos nós estamos, acreditamos em você..

Debora tinha limpado a mancha na janela, não tocaram mais no assunto, aproveitaram a tarde e noite de sábado, voltando do cinema jantaram juntos, jogaram um pouco de baralho e conforme foram sentindo-se cansados os integrantes da família foram se recolhendo pouco a pouco, apenas a mãe de Clarice tinha sobrado sozinha ainda de pé, era por volta das 00:30h e estava na sala vendo um filme que estava passando na TV... estava sem sono ainda, já em seu quarto Clarice se preparava para dormir quando olhou distraída para a janela onde mais cedo tinha acontecido o fato estranho e se sentiu assombrada pela janela, pela mão e por todo o resto, decidiu cobrir a janela com a cortina, como que espantando o pavor de sua mente, ela não queria que mais nada de estranho acontecesse estragando assim o dia perfeito que tivera em família, mas infelizmente o pedido de Clarice foi ignorado. Quando finalmente pegou no sono Clarice teve uma série de pesadelos, sonhos desconexos envolvendo os fatos estranhos acontecidos até aquele dia de sábado, o último deles de longe foi o mais assustador para Clarice, ela se recorda de estar dentro do que parecia ser uma igreja com várias pessoas apontando o dedo para ela e dizendo;

-Bruxa! Bruxa! Matem a bruxa! Diziam as pessoas histéricas.

Ela olhou para trás e viu uma mulher em uma espécie de púlpito no centro desse estabelecimento, ela estava acorrentada e amordaçada, tinha marcas de espancamento e hematomas por todo o corpo, ela chorava e gritava muito, mas como estava amordaçada não conseguia proferir nenhuma palavra. Em volta dela alguns homens, provavelmente lideres religiosos, pois usavam roupas próprias de padres, informavam a todos os presentes naquela igreja os crimes praticados contra o povoado local, a mulher era jovem aparentava ter entre 29 ou 30 anos e estava sendo acusada de praticar bruxaria, Clarice via toda essa cena apavoradíssima, ela sentia todo o pavor daquela moça, o medo, o desespero, a dor. Um pouco antes de despertar do pesadelo ela via-se no escuro, sem imagens, sem nenhum cenário, apenas ouvindo os gritos de desespero dessa mulher, e sentindo as mesmas sensações que a mulher sentia novamente e de repente, como num passe de mágica, seus gemidos de choro e pedido de socorro deram lugar a uma gargalhada medonha e perturbadora, bem parecida com a gargalhada e a voz daquela velhinha que tivera encontrado na rua acompanhada da frase. 

-Eu avisei que iria te encontrar! Clarice! Disse a voz daquela mulher em tom ameaçador.

Clarice acordou chorando e gritando, seu corpo pegava fogo! Débora subiu imediatamente até o seu quarto para ver o que tinha acontecido, acabou se assustando com os gritos e quando chegou no quarto de Clarice, notou que estava muito frio, checou se o ar condicionado estava ligado, verificou a janela, para ver se estava aberta, pois naquele dia estava ventando bastante e poderia ser um dos motivos pelos quais o quarto estava frio, mas estava tudo ok, Janelas fechadas, ar condicionado desligado, sem nenhum problema aparente, sem motivos para o ambiente estar tão gelado daquela  forma, ela estranhou esse detalhe mas ignorou o fato e se preocupou mais em acalmar sua filha, Afonso também acabou acordando mas quando viu que estava tudo bem voltou a dormir de novo, naquela noite Débora fez companhia a sua filha que demorou muito pra pegar no sono novamente.




Na manhã seguinte Clarice acordou ainda desnorteada de sono, a todo o tempo durante o dia ela voltava a ver as cenas deste pesadelo medonho na sua mente e não podia acreditar que essas coisas estavam acontecendo com ela, pelo visto se tornariam corriqueiras na sua vida agora, pensava triste e com semblante quieto...A queimadura no braço que estava praticamente desaparecendo, estava agora com aspecto avermelhado, como se aqueles episódios tivessem reavivado aquela marca nela. Após abrirem o boletim de ocorrência pelo site da policia, Clarice foi chamada para dar alguns esclarecimentos, seu pai foi junto com ela, aproveitou a ocasião e já mostrou ao delegado a foto com a marca de mão.

O policial Armando disse contudo que a foto com a marca de mão era muito pouco para poder chegar em um culpado, e como já tinham limpado aquela marca de mão da sua janela anularam a única prova ou material possível para chegarem a um suspeito ou culpado, teria que ter mais provas, ele recomendou que se acontecesse algum fato que deixasse rastro novamente que não limpassem e nem manipulassem o material, que chamassem imediatamente a polícia pois eles sim saberiam o que fazer com isso! Eles levaram uma bela bronca pois acabaram anulando a única prova concreta que tinham...teriam que aguardar, pelo menos tentar encontrar a senhora que tinha abordado Clarice naquela sexta a noite para poder interrogar e entender quais foram os motivos dela ter feito aquilo, assim como Afonso, Armando acreditava na hipótese de que a menina esta sendo ameaçada por alguém que claramente conhece seus medos, sua rotina e principalmente que pode ter acesso a sua casa. Quando Clarice contou do pesadelo na ultima noite o policial olhou com deboche para ela e disse bem incisivo.

-Olha garota, faz parte do meu trabalho racionalizar os fatos, eu não sou o caça fantasmas, só posso analisar provas concretas e infelizmente vocês não me trouxeram nenhuma ....infelizmente a foto é uma prova fraca ainda, mas não deixa de ser um indicio de que você pode estar sendo seguida e perseguida por alguém do mundo real, de qualquer forma vou te passar nosso telefone e meu celular pessoal, se por acaso acontecer algo novo de concreto, por favor entre em contato imediatamente ok?!

-Sim. Disse Clarice em tom frustrado.

-E acho que vai ser uma boa você iniciar a terapia conforme o seu pai disse que faria, as vezes Clarice nossos demônios estão dentro de nós mesmos e nem nos damos conta, você entende o que eu quero dizer?!

- Sim senhor policial, mas eu garanto ao senhor e ao pai que esta aqui comigo de que eu não sou nenhuma maluca. 

-Essa sua amiga que estava com você na sexta, Monique né? 

-Sim o que tem ela ?

-Vamos precisar dela aqui na policia para colher depoimento, ela serve como testemunha referente esse dia com a senhora na rua, vou mandar intimação mas se você puder explicar também, melhor ainda.

-Eu aviso sim, com certeza a Mô não vai se opor a vir aqui.

-Ótimo, então ficamos acordados assim, qualquer fato novo por favor nos acione!

O policial acompanhou Clarice e Afonso até a entrada da delegacia, se despediram e entraram no carro, voltando para casa era visível a cara de desanimo de Clarice, desanimo, confusão, frustração, qualquer outro sentimento negativo ajudaria a interpretar o que estava passando naquele momento em sua cabeça, a única pessoa que poderia ajudar na visão dela seria o policia e ele ainda fazia piada com a situação...só podia ser alguém perseguindo ela, pensou que poderia ser até mesmo o seu ex, Marcos, o namoro até então tinha terminado bem, ele não era abusivo nem nada mas.....nunca se sabe né?! No carro voltando pra casa o pai de Clarice pegou na mão da filha com ternura e disse em tom calmo;

-Calma minha pequena, o papai não vai deixar que ninguém te faça mal, prometo a você que tudo ficará bem.

Clarice em meio as lágrimas disse; - Obrigada por acreditar em mim pai! Eu também quero entender o que esta acontecendo comigo, pelo jeito lá com o policial...não vai dar em nada !

-Vamos esperar que realmente não seja nada querida, atendo muitas pessoas vitimas de crimes e a vida das pessoas não são mais a mesma depois de passar por um trauma psicológico como esse, de ser perseguida, ameaçada.....

Clarice assentiu com a cabeça, no resto do caminho tentava distrair sua mente com outras coisas, quando chegaram em casa Monique estava esperando a amiga na sala de casa, conversando com Débora e Fábio, o irmão mais novo de Clarice, tinha marcado com ela para irem até o parque, lá iriam encontrar com mais uma galera que conheciam em comum, Afonso deixou as meninas na porta do parque e prometeu ir busca-las assim que Clarice avisasse que podia ir busca-la. Chegando ao local elas curtiram um piquenique com a galera, conversaram, deram risadas, a paisagem estava linda! Céu azul, sol brilhando, quente e animado, o parque estava cheio de crianças, adultos, pets, muito bom poder aproveitar tudo aquilo e ter momentos normais em meio as situações atípicas que estava vivendo ultimamente...Clarice e Monique estavam deitadas na grama pensando na vida...não falaram mais sobre o que tinha acontecido, conversavam sobre futilidades do dia-a-dia, novidades sobre os amigos e etc. Coisas que pessoas normais fazem quando estão em uma reunião social, brincaram de vôlei, futebol, foi uma tarde muito gostosa e agradável, um bálsamo para ela, então não iriam estragar o momento, pois sabiam como ninguém o quanto Clarice precisava de se esquecer dessas coisas bizarras.



De noite ao voltar do parque, enquanto se preparava para dormir, em frente ao espelho Clarice penteava os cabelos enquanto sentiu um puxão vindo de trás, estava sozinha no banheiro da parte de cima da sua casa, bem aonde ficavam os quartos da família, ela ficou firme mas por dentro  já começou a ficar apavorada, começa a acreditar que podia ser coisa da sua cabeça e pensou consigo mesma, se eu ignorar ou enfrentar isso para de me atormentar e continuou olhando para o espelho e penteando os cabelos, eram longos e pretos muito bem cuidado, quando novamente ela sentiu esse puxão de cabelo, dessa vez foi um puxão mais agressivo que fez com que seu corpo se inclinasse levemente para trás, indicando uma atividade mais forte,  foi então que parou de pentear os cabelos e começou a prestar mais atenção no espelho, viu que atrás dela tinha uma sombra escura pairando atrás dela, sem formas, sem olhos, apenas uma sombra, essa massa negra se deslocou até a sua frente, em direção ao espelho, aquela massa provocou uma rachadura que foi de ponta a ponta bem no meio do espelho, essa rachadura foi se abrindo pelas laterais como que formando uma arvore cheia de galhos, ao mesmo ela escutou bem perto do seu ouvido uma voz chamando por seu nome  "Clarice!" seguida de uma risada...nem preciso dizer como Clarice ficou né?! Apavorada! Saiu apressada do banheiro e foi direto ao quarto de seus pais, Afonso foi até o banheiro verificar, mas não tinha sinal de massa negra ou de rachadura no espelho do banheiro.

Débora fez um chá de camomila para a filha se acalmar, ela estava tremendo de medo, tinha voltado a ficar com o corpo quente, iniciando estado febril, a queimadura do seu braço ao invés de melhorar parecia estar piorando e eles atribuíam o estado febril também a marca de queimadura, junto com o chá sua mãe lhe deu um remédio para febre e conforme  Clarice foi se acalmando e melhorando da febre ela pediu para que os pais a deixassem dormir no seu quarto pois estava com muito medo de dormir lá sozinha ou acompanhada, o banheiro onde tinha acontecido esse fato ficava inclusive muito próximo de seu quarto. Débora e Afonso concordaram, pois além dos sustos a febre também preocupava muito os dois e com a filha dormindo próximo a eles seria mais fácil para Débora monitorar sua temperatura., Afonso foi até o quarto de Clarice, pegou o seu colchão e o arrumou do lado da cama deles, ele dormiu no colchão da filha e Débora e Clarice ficaram na cama do casal



Parando por aqui para não deixa-los cansados novamente rsrsrsrsrs espero que tenham gostado de ler até aqui! Não desistam, vou fazer valer a pena aguardar o próximo capitulo da história, espero que estejam gostando ❤😍 

Não esqueçam de escrever nos comentários que vocês estão achando sobre o conto ok?! 


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